Está na Fundação Iberê Camargo a exposição “Iberê
Camargo – O Carretel – Meu personagem”. A exposição apresenta o desenvolvimento da
temática do carretel dentro da trajetória de Iberê Camargo. Quando Iberê Camargo introduziu os famosos carretéis em suas
pinturas e gravuras, deu início a um embate obsessivo com o objeto resgatado da
própria infância, que se estenderia por quase 30 anos.
No período entre os anos 1950 e 1980, o gaúcho ofereceu sua
maior contribuição como artista moderno. Um legado que, assim como os
carretéis, até hoje tende a escapar às tentativas de encaixá- lo em movimentos
ou compará-lo aos pares de seu tempo. É esse sentido de reavaliação o que
oferece a nova exposição, dedica-se à fase em que Iberê criou uma assinatura
para si.
Com seus carretéis, Iberê alcançou maturidade artística.
A produção de Iberê gerou diferentes interpretações. Ele foi
considerado abstrato informal, abstrato geométrico e, por fim, um artista que
expressava gestualmente a memória e o drama da existência.
A atual exposição visa justapor pinturas e gravuras com a
intenção de provocar um desequilíbrio à estrutura crítica ao qual os Carretéis
têm sido submetidos, sugerindo uma ênfase na questão da repetição da forma ao
ponto de reconsiderá-la, em toda sua ambiguidade entre o lúdico e o
melancólico, signo do próprio ser.
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